domingo, 10 de dezembro de 2017

Clube de Compras Verde e Energia Chácaras da Lagoa – Maceió - AL



              O clube de compras Pedra Grande é uma iniciativa da AVE. Associação Verde e energia, em conjunto com parceiros e amigos, para fomentar a Economia Popular Solidária em Maceió.
              Consiste na união livre e voluntária de pessoas que se juntam para fazer parte de suas compras no atacado, barateando os preços, aumentando a qualidade dos produtos consumidos e gerando novos postos de trabalho.
              Através do Clube, novas relações de consumo, mais humanas e solidárias se estabelecem entre produtores, transportadores e consumidores. Essa proposta, baseada no Clube de Compras de Atibaia fundado em 2007, e representa uma outra fonte e forma de aquisição dos alimentos básicos, permitindo novas opções de compra, que vão muito além das oferecidas pelas grandes redes de supermercado e por grandes Corporações Multinacionais, monopolizadores do Mercado mundial de alimentos.
              Com as compras solidárias transformamos nossa consciência sobre o ato de comprar/consumir, aumentamos a qualidade do que compramos, geramos economia no orçamento familiar, melhoramos significativamente nossa qualidade de vida e nos juntamos a redes e iniciativas que estão a favor da distribuição de renda e riqueza, da preservação e restauração ambiental e da harmonização e pacificação planetária.


  Como Participar / Funcionamento

              Todos aqueles interessados em participar do Clube de compras tem a oportunidade de escolher dentre os alimentos e produtos de nossa lista, aqueles de sua preferência.
               A partir de dita lista (em anexo) os participantes do clube podem iniciar suas compras. Basta escolher os produtos e a quantidade de cada um, fazer o pagamento e receber suas compras no dia combinado.
              De acordo com a forma de funcionamento do clube, as compras de todos serão entregues todas no mesmo lugar, cabendo aos compradores retirar sua compra no local e dia combinados. Este fator serve também para dinamizar e enriquecer o clube.  Nos dias de entrega das compras são organizadas atividades culturais e educativas que fortalecem os laços e expandem as possibilidades do clube.
              Para que seja viável a compra por atacado, é necessário que cada família participe com no mínimo R$ 50,00 a cada compra e será dada uma contribuição de R$ 10,00 para contriubição de combustível para o caminhão que recolhe produtos com os produtores de orgânicos.
              As compras serão feitas, inicialmente, na CEASA de Maceió, mascom priorização dos produtos orgânicos fornecidos pelos Produtores Orgânicos de Alagoas, adquiridos fora do orgânico apenas o inexistente em produção orgânica ou produtos de consumo não sazonal solicitado pelos sócios do clube.  Os preços são mais baratos que os de qualquer supermercado da cidade, uma vez que serão divididos a preço de custo, conforme a encomenda de cada participante do Clube.
              Com menos dinheiro do que o normalmente uma pessoa inverte em suas compras mensais é possível ter mais e melhores produtos e gerar excedentes que permitem a criação de novos postos de trabalho, de um fundo coletivo, apoiar uma entidade beneficente e enriquecer infinitamente a qualidade de vida de muitas pessoas e do planeta como um todo.
              A ideia é que aos poucos todos ganhem confiança no clube e passem a fazer uma parte cada vez maior de suas compras mensais através dele, fortalecendo as redes solidárias de produção, distribuição e consumo sustentável.


A feira de troca-troca ( escambo) será o nosso melhor agente de agregação social com o compartilhar dos produtos do Chácaras. 

              A economia solidária se baseia na descentralização econômica, na produção local e em iniciativas de espírito cooperativo, além de prezar pelo respeito a natureza como condição básica de seu funcionamento.

terça-feira, 5 de dezembro de 2017

COMPOSTAGEM

A Título de estudo, informamos os elementos a serem utilizados para  melhoria do solo ácido da localidade Chácaras da Lagoa.
Um dos pincipais e simples elementos a serem utilizados  de maneira a corrigir a acidez do solo com diminuição da incidência de capins típicos de solo ácido como a tiririca é colocar cinzas de folhas e madeira no solo anrtes de aguar.

Por desconhecimento das técnicas de cultivo em sintropia,  há alguns anos estabeleceram que as folhas secas ( adubo natural da mata que está em caminho de ser extinta) passaram a ser acondicionadas em sacos plásticos e enviadas ao lixão da cidade.

Ao contrário, o excesso de folhas deve ser triturado em casa ( até mesmo com o uso do cortador de grama), parte  deve ser queimada e recolocada no solo, além da adição de esterco de gado ou de minhoca.

Verifiquem o link :Como utilizr as cinzas na adubação.


O desequilíbrio da mata é visível com a quantidade imensa de formigueiros , lagartas e borboletas que não existiam aqui antes.

Sapos e outros animais que mantinham o equilíbrio da fauna da  região também foram expulsos com o uso de carro fumacê e colocação de agrotõxicos de alta periculosidade tipo RoundUp e outros venenos da Monsanto, Bayer e outros de todo tipo.

Compartilho o texto encontrado no site http://www.dpv24.iciag.ufu.br/new/dpv24/Apostilas/COMPOSTAGEM%2003.pdf 

"A compostagem é o processo de reciclagem da matéria orgânica que propicia um destino útil para os resíduos orgânicos, evitando sua acumulação em aterros e melhorando a estrutura dos solos. Esse processo permite dar um destino aos resíduos orgânicos domésticos, como restos de comidas e resíduos do jardim. A compostagem é largamente utilizada em jardins e hortas, como adubo orgânico devolvendo a terra os nutrientes de que necessita, aumentando sua capacidade de retenção de água, permitindo o controle de erosão e evitando o uso de fertilizantes sintéticos. 

Quanto maior a variedade de matérias existentes em uma compostagem, maior vai ser a variedade de microorganismos atuantes no solo.

Para iniciantes, a regra básica da compostagem é feita por duas partes, uma animal e uma parte de resíduos vegetais.

Os materiais mais utilizados na compostagem são cinzas, penas, lixo doméstico, aparas de grama, rocha moía e conhcas, feno ou palha, podas de arbustos e cerca viva, resíduos de cervejaria, folhas, resíduos de couro, jornais, turfa, acículas de pinheiro, serragem, algas marinhas, ervas daninhas.

Cinzas


As cinzas de madeira provenientes de lareiras ou de fogão a lenha são uma ótima fonte de potássio para os horticultores orgânicos, pois a utilizam contra a prevenção de pragas.


As cinzas das cascas de banana, limão, pepino e cacau possuem alto teor de fósforo e potássio. As cinzas de madeira podem ser acrescentadas às pilhas de compostagem, mas perdem muito de seu valor se ficarem expostas ao excesso de chuva, pois o potássio lixivia facilmente.


Penas

As penas de galinha, peru e outras aves são muito ricas em nitrogênio, podendo ser aproveitadas e acrescentadas às compostagens. Lixo doméstico Praticamente todo o lixo orgânico de cozinha é um excelente material para decomposição. Em uma composteira devemos evitar despejar gordura animal, pois esta tem uma difícil degradação. Restos de carnes também devem ser evitados porque costumam atrair animais, vermes e moscas além de causar um cheiro desagradável.

Aparas de grama

As aparas de grama são matéria orgânica muito rica em nutrientes. Nas pilhas de compostagem são ótimos isolantes térmicos e ajudam a manter as moscas afastadas.

Rocha moída e conchas Rochas e conchas possuem muitos minerais necessários para o crescimento das plantas.

Ostras moídas, conchas de bivalvos e de lagostas podem ter o mesmo efeito de rocha moída e substituir o calcário.

Feno ou palha

Estes em uma compostagem necessitam de uma grande quantidade de nitrogênio para se decompor. Então recomenda-se que se utilize pequenas quantidades de feno e palhas frescos.

Podas de arbustos e cerca viva

São volumosos e difíceis de serem degradados. Acrescentados na compostagem deixam a pilha volumosa e com fácil penetração de ar.

Resíduos de cervejaria

Este tipo de resíduo enriquece o composto, mas costumam ser bastante úmidos, não necessitando de irrigação freqüente.

Folhas

As folhas parcialmente apodrecidas são muito semelhantes ao húmus puro. Para mais fácil decomposição das folhas em uma pilha de compostagem, recomenda-se que misture as folhas com esterco.

Resíduos de couro

Pó de couro é muito rico em nitrogênio e fósforo, pode ser abundante e barato.

Jornais

Há algumas controvérsias de se colocar jornais na pilha de composto. Os jornais são uma grande fonte de carbono na sua compostagem, desde que se utilize em pequenas quantidades.

Turfa

Em termos de nutrientes a turfa não acrescenta nada na compostagem, mas pode absorver toda a umidade existente.

Acículas de pinheiro

São consideradas um bom melhorador da textura do composto. Apesar de se tornar levemente ácida na pilha, outros materiais irão neutralizar os efeitos ácidos.

Serragem

Apresenta degradação extremamente lenta. A melhor maneira é alternar a serragem com o esterco.

Algas marinhas

São ótimas como fonte de potássio, se degradam facilmente e podem ser misturadas com qualquer outro material volumoso, como a palha. Também são muito ricas em outros nutrientes, como o boro, iodo, cálcio, magnésio entre outros. No jardim deve ser aplicado a cada 3 ou 4 anos em grandes quantidades. Para o horticultor as algas marinhas mantém a pilha isolada termicamente durante o inverno.

Ervas daninhas

É ótima como matéria orgânica para o solo, mas deve-se acrescentar muito esterco ou outro material rico em nitrogênio, para que as altas temperaturas não permitam que as sementes germinem, assim evitando trabalhos futuros e o desperdício deste resíduo.

Alguns resíduos, como o sabugo de milho, de maçã, casca de citrus, talo de algodão, folhas de cana, folhas de palmeira, casca de amendoim, de nozes, pecan e amênoa são de difícil degradação, porém possuem muito nitrogênio e matéria orgânica.

Recomenda-se que sejam picadas em pedaços menores para que se degradem mais facilmente. Para manter sua pilha volumosa e com força, pode-se acrescentar terra, calcário ou húmus, já areia, lama e cascalho adicionam poucos nutrientes.

Para a boa degradação dos componentes de uma pilha é necessário evitar alguns resíduos, como o carvão mineral e vegetal, papel colorido, plantas doentes, materiais biodegradáveis, fezes de animais de estimação, lodo de esgoto, produtos químicos tóxicos entre outros.


Carvão mineral e vegetal

As cinzas de carvão mineral possuem uma quantidade excessiva de enxofre e ferro que são tóxicos para as plantas, além de apresentarem muita resistência a decomposição.

Papel colorido

Recomenda-se não adicionar nenhum tipo de papel colorido na compostagem, devido às tintas tóxicas e não biodegradáveis. Além disso, atualmente há muitas campanhas para a reciclagem de papéis.

Plantas doentes

Para adiconar plantas doentes na composto é preciso um processo de compostagem ideal para garantir a completa destruição de organismos patogênicos que causam doenças.

Resíduos não biodegradáveis

Resíduos de plásticos, vidros, alumínios e roupas possuem material sintético que não são biodegradáveis, que poderão prejudicar o solo. Borracha natural é biodegradável, mas tem lenta degradação.

Fezes de animais de estimação

Deve evitar a adição de fezes de animais, pois podem conter organismos perigosos que podem transmitir doenças.

Lodo de esgoto

Este resíduo merece um cuidado especial com altas temperaturas para a eliminação de metais tóxicos e de organismos patogênicos. Produtos químicos tóxicos Deve-se evitar colocar inseticidas, pesticidas e venenos na pilha.

Estes produtos são nocivos aos microorganismos que ajudam na degradação e aeração do solo."

domingo, 17 de setembro de 2017

Falsos Condomínios Má fé e a desmoralização do Terceiro Setor.

Compartilho o texto publicado em meu Blog e divulgado publicamente em diversos sites de interesse comum:

Falsos condomínios.Má Fé e desmoralização do Terceiro Setor.

O tema relações de vizinhança desperta interesse  geral e é objeto de diversas dissertações de Mestrade e Doutorado em todo o mundo. Vale a pena pensar a respeito. 
A maioria das situações de desconforto geradas pelos agrupamentos sociais já  tem previsão no Código Civil Brasileiro, Constituição, Códigos de Postura e Leis Orgânicas na quase totalidade dos 5.570 municípios brasileiros. 
Agir e atuar dentro da legalidade é a solução para a maioria dos conflitos entre vizinhos.
A regularidade e a equidade se baseiam no respeito ao indivíduoa, à propriedade, às Leis. Tudo o mais que é feito no sentido de burlar, extorquir, forçar ou inibir vai  100% de encontro ao ético, ao moral, ao justo.

quinta-feira, 11 de maio de 2017

INSTITUTO PINDORAMA E A PERMACULTURA


Permacultura para Organizações e Casas Ecológicas

Olá Pessoal, tudo bem?
Estou passando aqui para lembrar da palestra às 20h de hoje. Nosso tema de hoje será "Permacultura: Princípios Éticos e de Design". Veja as palestras dos próximos dias:

11 de Maio - Casas Ecológicas: Aprenda a produzir água, energia, biogás e alimentos

12 de Maio - Minha Casa Minha Dívida: Como construir uma casa sem pegar empréstimo

As palestras serão transmitidas sempre às 20h no link abaixo:
Um abraço,

Nilson Dias

sexta-feira, 21 de abril de 2017

Sapucaias da Mata Atlântica






São sapucaias mesmo e são coméstíveis?
Essas árvores  aparecem em abundância em toda a área da mata de Fernão Velho e Catolé.
Caso sejam comestíveis, temos um tesouro nas mãos.

terça-feira, 4 de abril de 2017

Agrofloresta por Ernest Gotsch. Coletânia de vídeos

      
  
                                 


















A revolução da floresta

Como a agrofloresta, uma técnica de agricultura que copia a natureza, sem o uso de venenos ou fertilizantes, pode frear as mudanças climáticas, recuperar ecossistemas, libertar mulheres e acabar com a fome no mundo.
Texto de Felipe Floresi. Out.16. Revista Super Interessante

Sezefredo Cruz tentou por anos dominar a natureza. Abusava do fogo para limpar a mata e abrir espaço para suas plantações de banana, arroz, milho e feijão em Barra do Turvo, cidade na divisa entre São Paulo e Paraná. Por um tempo deu certo – o fogo fixa os nutrientes de forma rápida e a produção segue a todo vapor. Só que o processo também desgasta o solo. As pragas começaram a dominar as plantações. Sezefredo seguiu a recomendação tradicional: apostou nos fertilizantes e defensivos químicos. E, a cada novo ciclo, menos dinheiro parava no bolso do agricultor.

A paisagem evidenciava os estragos: uma imensidão de terra sem vida, enfeitada com bananeiras fracas e plantas marcadas por pragas. Sezefredo plantava comida, mas só colhia desgosto. “Com o solo ruim, as bananeiras saíam da terra e, às vezes, dava praga. Era uma tristeza.” Os ganhos com o plantio mal pagavam a alimentação dos funcionários que ajudavam na colheita. Um dia de trabalho na lavoura rendia o suficiente para comprar uma lata de óleo. Não viu outra saída a não ser colocar a propriedade à venda.
Até que, em 1995, um tal de Oswaldinho apareceu na cidade para vender seu peixe. Agrônomo contratado pela Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo, Oswaldo Souza tinha a missão de promover feiras entre produtores locais. Mas carregava dentro de si uma paixão bem maior. Seu peixe era a agrofloresta – um sistema integrado de árvores e plantas de diferentes espécies em uma mesma plantação, com uso zero de fertilizantes ou agrotóxicos.


Há 2 mil anos, índios brasileiros já eram agricultores hipsters

Texto de Bruno Vaiano, revista Super Interessante 14.2.17
Há cinco meses, eu e outros quatro estudantes de jornalismo entramos em um ônibus urbano comum – do tipo que tem cobrador, não tem cinto de segurança e leva um brasão da prefeitura na lataria – e partimos de gravador e câmera na mão rumo à zona rural do município de São Paulo, em que vivem 101 mil pessoas (apenas 0,9% da população da maior cidade do país). A ideia era conhecer, de perto, a vida das mulheres que plantam nessas raras áreas verdes.
Até que demos sorte: com o itinerário escolhido, não precisamos de uma balsa para transpor a represa Billings, reservatório que separa bairros do extremo da Zona Sul, como Parelheiros ou Grajaú, do resto da cidade. A propriedade da agricultora Valéria Macoratti, nosso destino, fica exatamente no meio do caminho entre o marco zero da capital paulista, a Praça da Sé, e o centro de Santos, cidade litorânea próxima: são 30 km em linha reta para um lado ou para o outro.
É ali, no meio do que a população urbana convencionou chamar “nada”, que Macoratti decidiu viver após os anos que passou na cidade como professora. A mulher pegou o bonde andando: foi acusada pelos novos vizinhos, estabelecidos ali há décadas, de abordar a agricultura de forma idealista. “Eu comecei a conversar com os agricultores e vi que eles usavam muito agrotóxico”, contou a agricultora. “A terra não precisa disso.”
Não foi à toa: sua pequena chácara passa longe de tudo que é agricultura no imaginário popular. Alfaces gordas e crocantes já estão ao lado de tomates na terra muito antes de se unirem na salada. Um burrinho vive em paz com dezenas de cães. E na parede há uma inscrição: “água se planta”. Referência aos mananciais e nascentes da região, os poucos que não foram soterrados por grandes avenidas.  
Em outras palavras, Valéria cria algo próximo de uma floresta domesticada, cheia de variedade. E esse método, a arqueologia acaba de descobrir, é o futuro da agricultura há 2 mil anos.
Um artigo científico publicado na semana passada pela pesquisadora da Universidade de São Paulo (USP) Jeniffer Watling veio à tona porque a devastação da floresta amazônica no Acre revelou mais de 450 sítios arqueológicos pré-históricos chamados geoglifos. Eles são círculos desenhados na terra, e provavelmente eram palco de rituais religiosos e reuniões para discussão de assuntos públicos entre índios há mais de 2 mil anos. Os ar de mistério milenar da descoberta – que você pode ver aqui na SUPER – tirou o foco da mídia de algo ainda mais interessante: se havia círculos no chão, é porque os povos pré-colombianos haviam arrancado as árvores dali em algum momento. O que bate de frente com a impressão idílica que temos dos indígenas como povos caçadores-coletores inocentes.
“Nós abordamos o impacto ambiental dos geoglifos”, afirmou Watling ao The New York Times. “Muitas pessoas têm a ideia de que a Amazônia era uma floresta intocada, e esse obviamente não era o caso.” A questão é que modificar o ambiente não é em si um problema. O problema é como você faz isso. E nesse quesito, tanto os índios como Valéria dão um 7 a 1 em nós.
Hoje, o Brasil é cheio de plantações enormes de vegetais que ninguém come. Por um lado, elas são imprescindíveis para a nossa economia: a cana-de-açúcar vira combustível, os eucaliptos viram papel e 70% da soja vira ração para o gado que nós comemos. Por outro, elas são péssimas para todo o resto que está em volta. O solo que só recebe um tipo de cultura por muito tempo perde nutrientes, e os animais da região destruída pelo latifúndio têm seu cardápio, antes variado, reduzido a vários hectares de vegetação idêntica e pouco saudável. As consequências vêm de várias formas: na França, por exemplo, hamsters selvagens começaram a comer os próprios filhotes por deficiência de vitamina B3 (veja aqui). Culpa do milho dos produtores da região da Alsácia, que não tem o nutriente.
O método que é aplicado por Macoratti e pelos pré-colombianos, chamado agrofloresta, é sustentável porque imita a vida em vez de acabar com ela. Afinal, desde que o mundo é mundo as laranjas nascem em árvores. Suas flores dão às abelhas matéria-prima para o mel, seus frutos alimentam pássaros, e a própria morte da laranjeira libera nutrientes no solo. Porque deveria ser diferente? Ao se inserir na cadeia alimentar dessa maneira, o ser humano se torna só mais um consumidor do que uma árvore pode oferecer a seu entorno, e não um agente que obriga a vida a se curvar aos seus pés e seguir seu cronograma e itinerário.
Ou, nas palavras de Ana do Mel – outra das agricultoras agroecológicas que visitei no ano passado, na pequena cidade de Embu-Guaçu –: “eu vejo a abelha não como um animal que está a meu serviço, mas como parte disso tudo”. Os índios entenderam essa máxima muito antes de nós. Segundo a pesquisa, eles provavelmente plantaram espécies como o milho ou a abóbora, tiraram a vegetação rasteira e mudaram sementes e mudas de lugar: uma espécie de reordenação não invasiva de plantas úteis que cria um pequeno supermercado pré-histórico na floresta.
No passado e no presente, a mata nativa preservada e a mistura de culturas se refletem, é claro, na saúde de quem come. Feijões que crescem com vizinhos como tomates ou bananas são mais fortes – da mesma forma que um trabalho de escola em grupo tende a sair melhor que um individual. Isso tudo é um resumo: para entender de vez como surgiu a ideia da agrofloresta e porque ela é uma promessa para o futuro, vale ler esta outra reportagem aqui, também da SUPER.
Moral da história? A agricultura sustentável que levou paulistanos idealistas à vida rural era a forma mais óbvia de plantar algo na Amazônia há 2 mil anos. Prova de que ninguém precisa inventar a roda (ou carro a água) para salvar a natureza: há muitas soluções por aí, algumas prontas para serem desenterradas por algum arqueólogo.

sexta-feira, 31 de março de 2017

Princípios do associativismo

O SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresasdefende que o associativismo se rege por um conjunto de princípios:
  • Princípio da Adesão Voluntária e Livre
As associações são organizações voluntárias, abertas a todas as pessoas aptas a usar os seus serviços e dispostas a aceitar as responsabilidades de sócio, sem discriminação social, racial, política, religiosa e de género”;
  • Princípio da Gestão Democrática pelos Sócios
As associações são organizações democráticas, controladas pelos seus sócios, que participam ativamente no estabelecimento das suas políticas e na tomada de decisões. Os homens e mulheres, eleitos como representantes, são responsáveis para com os sócios”.
  • Princípio da Participação Econômica dos Sócios
Os sócios contribuem de forma equitativa e controlam democraticamente as suas associações através da deliberação em assembleia-geral.
  • Princípio da Autonomia e Independência
“As associações são organizações autónomas de ajuda mútua, controlada pelos seus sócios”. Podem entrar “num acordo operacional com outras entidades, inclusive governamentais, ou recebendo capital de origem externa, devendo fazê-lo de forma a preservar o seu controlo democrático pelos sócios e manter a sua autonomia”.
  • Princípio da Educação, Formação e Informação
As associações devem proporcionar educação e formação aos sócios, dirigentes eleitos e administradores, de modo a contribuir efetivamente para o seu desenvolvimento”.
  • Princípio da Interação
As associações podem satisfazer as necessidades dos seus sócios mais eficazmente e fortalecer o movimento associativista, se trabalharem juntas, através de estruturas locais, nacionais, regionais e internacionais.
  • Princípio do Interesse pela Comunidade
As associações trabalham pelo desenvolvimento sustentável das suas comunidades, municípios, regiões, estados e país através de políticas aprovadas pelos seus membros”.
Estes princípios são importantes não só, para as associações mas também, para a construção da sociedade. Estes contribuem para o desenvolvimento económico e social de uma sociedade cada vez mais solidária, democrática e com autonomia de gestão, como preconizado pelo Princípio do Interesse pela Comunidade.

quarta-feira, 29 de março de 2017

Chácaras da Lagoa, mais um Falso Condomínio. Por que não se associar.

MOTIVOS É QUE NÃO FALTAM!!!
Mas ainda há tempo de resgatar o convívio positivo. Basta encarar o problema de frente.

Admitir-se enganado em algo tão vital  
como é a aquisição de um terreno
onde se vai construir a casa tão sonhada 
é realmente muito difícil e doloroso.
·
·               Durante os últimos 10 anos, moradores do Loteamento Chácaras da Lago temos sofrido de perseguição, segregação e execrados publicamente, isolados do convívio social, tivemos prejuízos de diversas naturezas. 

.    Figura jurídica de natureza dubia, portanto em nada confiavel, o Estatuto da Associação representa um "sarapatel" de Leis cuja indefinição induz à desconfiança em sua origem. Nem associação, nem condomínio, trata-se de um documento  que burla qualquer forma associativa regulamentada no Còdigo CIvil Brasileiro. Elaborado ao bel prazer de um grupo de pessoas, Estatuto e Regimento não contemplam condições bilaterais que permitam ao participante desassociar-se. Ao contrário, trata-se de um conjunto de normas arbitrárias, inconsistentes e principalmente ilegais. Da mesma forma que muitas pessoas adquirem lotes sem observar o documento e registro conforme consta no cartório, associar-se a algo desse tipo é uma temeridade. Trata-se de arapuca onde os associados assumem todos os ônus das impropéries cometidas pelo grupo. 

          Os valores de investimentos e taxas não são compatíveis com a renda de todos os moradores e não pode ser imposta a qualquer custo. Taxa de associação não pode ser maior que um quinto do salário mínimo. SE o custo de qualquer serviço ou investimento é impagável dentro de valor aprovado por 100% dos moradores do distrito, simplesmente não pode ser contratado.
     A capacidade de pagamento dos moradores tem que ser respeitada em sua totalidade. Isso de impor despesas que comprometem a renda familiar à revelia dos moradores é falta de respeito e falta de humanidade. 

·        Muitos dos moradores não associados, ficamos impossibilitados emocionalmente de produzir enquanto profissionais, envergonhados diante do meio social em que vivemos, sob a pecha de ladrões, processados por enriquecimento ilícito pela Associação de Proprietários do Condomínio Chácaras da Lagoa (anteriormente Associação de Moradores do Chácaras da Lagoa), desligados do grupo quando resolveram modificar o estatuto, impondo regras como se condomínio legal fosse, substituindo taxa de contribuição de associado pela taxa condominial.

·       O constrangimento se repete constantemente a todo momento. O Convívio entre os membros desta comunidade tornou-se tão insuportável que muitos moradores evitam de transitar pela via pública, evitam de frequentar a Praça Hamilton Falcão e áreas verdes. Em depoimento reservado, muitos confessam que decidiram pagar as taxas exorbitantes para se livrarem da pressão imposta;

·         Situações que envolvem fatos subjetivos como de doença emocional sutil não é fácil de comprovar e acionar judicialmente mas, de alguma forma, precisa ser considerado. Tudo se concretiza quando ocorrem mortes súbitas ou até suicídios. Não pretendemos que isso venha a acontecer também aqui no Chácaras da Lagoa.

·          Uma das diretorias chegou a se demitir em grupo por discordar das propostas e forma de condução da Associação de Moradores na medida em que descobriram a ilicitude do Estatuto e Regimento, informações às quais tiveram conhecimento apenas após acesso aos documentos da diretoria que- em geral, são mantidos em sigilo. É imperativo que as planilhas de custos de uma associação séria sejam expostas de maneira transparente, pública e aberta. No caso do Chácaras da Lagoa – que não é uma empresa nem condomínio -  deve manter os dados, contratações, pagamentos, publicados com total transparência.
·             Investimentos em áreas públicas podem até ser feitos: mediante anuência de 100% dos colaboradores e isso não tem que, necessariamente, corresponder a todos os associados. Qualquer despesa ou investimento deve ser feita apenas através de rateio, comprovação do valor a ser investido e tomada de preços clara.

·       Ao invés de promover associativismo, fortalecimento e consolidação das relações de vizinhança, as ações da Associação de Proprietários do Condomínio Chácaras da Lagoa propiciaram que permaneçamos isolados dos vizinhos. A maioria das pessoas que ali adquirimos terrenos (Loteamento edificado numa reserva florestal) – acreditamos - identifica-se com a natureza.

    Desmatamento além dos 40% acordados com a Prefeitura de Maceió não devem acontecer por questão de consciência ambiental. Matança de animais silvestres também dependem de consciência ambiental.

·       A imagem de Condomínio e a informação falsa de que os adquirentes de lotes estariam também comprando uma fração da área pública, incentivou o desmatamento, matança de animais (há denúncias de raposas e outros animais silvestres assassinados a tiros) – comportamento completamente oposto ao que se espera de uma comunidade que se proporia a preservar a floresta, proteger, reflorestar.
Loteamento Chácaras Lagoa, no lançamento e vendas, estimulava sonhos desse tipo: chácaras com pomar, jardim, animais...a harmonia com a natureza, defesa do meio ambiente e construção de casas sustentável e ecologicamente adequadas ao local que escolhemos para viver e envelhecer;

·          Temos sido constrangidos pelo grupo gestor diante da tentativa de falar com os vizinhos cuja a maioria nos “vira a cara”, a cada campanha de difamação inclusive empreendida diante dos funcionários do falso condomínio. A humilhação e a dor causadas pela ação são imensuráveis e indescritíveis;

·          Durante todos os anos até o presente, a dita Associação de Proprietários do Condomínio propagou que a água do Loteamento seria pura e mineral, ao tempo em que, de fato, água estava contaminada. Ainda pior no presente momento, novembro de 2016, a Associação requereu da CASAL ( Companhia de Abastecimento de Água e Saneamento de Alagoas ) a licença de explorar o poço e passou a vender água não potável a preço extorsivo com desconto de 70% para os associados, na intensão de forçar os moradores que não abdicam do direito à escolha de não participar da associação a associar-se.

·          Motivada pela denúncia ao Ministério Público ante à contaminação da água por Nitratos e Nitritos, a Associação - recentemente - providenciou termo de concessão de um dos poços, apropriando-se do bem comum a todos os adquirentes de lotes e moradores, com a justificativa de pagamento da taxa de manutenção e segurança que consideramos extorsiva, além da total incompetência em gestão da qualidade da água vendida como água não potável, o que obriga à compra de água mineral para consumo humano.

·
     Nos últimos 12 meses, a perseguição intensificou-se com o corte de água e cobrança de taxas altissimas, como forma de coagir a todos a se associarem. Ora!! Nada justifica aumentos de taxa de associação de maneira indiscriminada. Mediante a denúncia feita ao MP em 2015 sobre a contaminação da água por nitratos e a incompetência da Associação em tratar e fornecer água potável fomos retaliados com o corte do fornecimento de água, em primeiro momento apenas à minha residência. Posteriormente, outros cortes de fornecimento de água foram efetuados em outras casas, constituindo mais uma usurpação, constrangimento e gerando males diversos aos moradores, inclusive necessidade de atendimento de urgência

     Todos os não associados concordamos em pagar o custo da água consumida, mediante um valor claro, justo e igualitário, rateados os custos de manutenção dos poços, entre todos os consumidores. Ao contrário, a Associação estabeleceu cotas diferentes para associados e não associados. Instituíram vantagens sob forma desconto de aproximadamente 71% aos associados como forma clara de coagir à Associação.  Os lotes foram adquiridos com fornecimento de água e demais benfeitorias. Portanto, todo procedimento com o objetivo de forçar a associação, além de ato coercitivo é uma usurpação. 

·       A criação de um gueto social baseado na apropriação de patrimônio público municipal é situação de extrema gravidade. As pessoas envolvidas no esquema de apropriação da área pública, além de cometer o ilícito, levaram outras pessoas a continuarem no erro.

    Dessa forma, a situação foi instalada e novos compradores de lotes foram iludidos de que seriam proprietários das áreas verdes e equipamentos urbanos, baseado no Estatuto que foi desenvolvido pelo grupo gestor, orientada por seus advogados. Segundo o Código Civil, induzir outrem a cometer ilícitos também constitui ilícito.

·         A colocação de placas substituindo o nome Residencial Chácaras da Lagoa por Condomínio Chácaras da Lagoa, ao nosso  ver, também é ilícito. Induz as pessoas que ali transitam - visitantes, proprietários e toda a municipalidade -  a acreditarem que aquela gleba da reserva pertencente a uma APA Municipal é propriedade do grupo de moradores.

·                 Desde 2004, os responsáveis pela alteração no estatuto social e criação do chamado Regimento Interno do falso Condomínio, passaram a ludibriar aos novos adquirentes de lotes de que o Loteamento teria sido transformado num Condomínio de fato e que, por isso, tinham que aderir ao pagamento da taxa condominial, dentro das regras aprovadas em Assembleia, além de divulgar a todos através de placa afixada na guarita de acesso de que “não comprem lotes sem averiguar o débito junto ao CONDOMÌNIO”- um engodo. 

·               Conforme disposto na análise do estatuto vigente da Associação dos Proprietários do Condomínio Chácaras da Lagoa, fica clara a apropriação da áreas públicas municipais e equipamentos urbanos, duplicidade na cobrança de serviços púbicos legalmente cobrados pela municipalidade através do IPTU e outras taxas tais como iluminação pública.

·          Os serviços prestados de forma impositiva, indicam dualidade na concepção dos conceitos público e privado, uma vez que a coleta de lixo é feita pelo município enquanto os Associados assumem a posse e manutenção das vias públicas, jardins das praças e áreas verdes.

·            O Estatuto agride aos princípios constitucionais das Leis Federais, Municipais e Estaduais, infringe diretamente o Artigo 5º da Constituição Federal. Vem, há dez anos burlando as regras definidas pela Carta Magna e principalmente impõe segregação ao convívio comunitário.

·                     Sempre que agimos com a certeza da hombridade e no exercício do nosso direito e nos sentimos agredidos, a Lei nos ampara e há, em algum lugar da Constituição Brasileira e do Código Civil, algo em nossa defesa.

·           Nosso Código Civil estabelece formas de punir e cobrar responsabilidade adequadamente àqueles que atentam contra nossos direitos e, acima de tudo, temos pessoas extremamente bem preparadas que estão no Ministério Público atuando em defesa da Lei e pelo cumprimento dela.

    Os ilícitos elencados aqui, foram identificados a partir de pesquisa feita no Código Civil e na Constituição Brasileira, com base no sentimento e percepção do justo enquanto ser humano, tomando como referencial o Estatuto e Regimento Interno em vigor na referida Associação e Memorial descritivo do Loteamento Chácaras da Lagoa.


     Portanto, associar-se por quê?

PRETENDE ADQUIRIR LOTE OU CASA NO CHÁCARAS DA LAGOA EM MACEIÓ?
FIQUE SABENDO:
- o Loteamento Residencial Chácaras da Lagoa foi implantado em 1986, dotado de canalização de água potável, poços e sistema de distribuição de água com caixa d1água, ponto de energia elétrica e alguns equipamentos de lazer.
- O Loteamento Residencial Chácaras da Lagoa NÃO é um condomínio, portanto, ninguém é proprietário da Praça Dr Hamilton Falcão, nem das áreas verdes, nem das ruas e calçadas, nem dos equipamentos urbanos de lazer.
- Associações não podem impor que alguém se associe sem que seja expressa livre e espontânea vontade. Não existe associação por coação. Todos tem o direito à liberdade de escolha.
- Débitos de condomínio inexistem por que a associação é livre e assegurada pela Constituição Federal Brasileira. Ninguém tem que pagar nada à Associação antes de adquirir seu lote ou casa.
- Ninguém é obrigado a pagar taxa condominial nem taxa de associação se não desejar ou não concordar com o valor cobrado.
- Morar numa rua, cada qual com sua unidade familiar autônima é a escolha de quem decide morar num Loteamento. O elemento de união entre as pessoas deve ser, portanto, defesa de interesses comuns que contemplem as diferenças e as respeitem.
- No Loteamento Chácaras da Lagoa não existe condomínio sem fração ideal a condominiar nem codominar por que ninguém é dono da rua, da praça, do poço, da mata, do mato, do céu nem do ar.

- Caso a taxa cobrada pela Associação de Moradores não seja compatível com sua renda familiar e plano de despesas, não se intimide. Nada lhe obriga a fazer parte de nenhum rateio de despesas que um determinado grupo de pessoas resolve fazer em área pública, responsabilidade da municipalidade. 

Josevita Tapety Pontes